
quarta-feira, 15 de junho de 2011
A origem do universo segundo os gregos

quinta-feira, 9 de junho de 2011
A Criação do Mundo para os Antigos Egípcios
A religiosidade no antigo Egito baseava-se na crença em vários deuses e, por isso, era politeísta. Os diversos deuses podiam ser representados com formas humanas e de animais, pois estes possuíam certas qualidades que os tornavam divinos para os egípcios. Os antigos egípcios possuíam uma visão de mundo em que não existia a separação dos ramos da atividade intelectual. Portanto, a religião, a filosofia e outros conhecimentos permaneciam unidos em um único sistema explicativo.
A religião estava presente em todos os aspectos da vida desta antiga terra. Permeava a vida social, política e econômica, pois os egípcios de outrora consideravam que todos os eventos ocorridos durante a vida dependiam da vontade dos deuses. Compreendiam o mundo como uma unidade, não existindo separação entre o mundo humano, natural e divino. Era como se o universo estivesse inter-relacionado em um todo.
Tendo em vista esta grande diversidade, os egípcios possuíam várias teorias divinas, as quais explicavam a origem do mundo em que viviam. Essas teorias possuíam três vertentes cosmogônicas principais: os mitos de Heliópolis, Hermópolis e Mênfis. Embora existissem os três modos de explicar a criação do mundo, o mito da cidade de Heliópolis foi o mais divulgado; neste o deus Solar (Rá) tinha sido a divindade criadora. O mito heliopolitano que chegou a nós é o seguinte:
No princípio era o caos (Nun), representado pelas águas turbulentas do Rio Nilo, dentro do qual se ocultava Atum, escondido num botão de lótus. Este se manifestou sobre o caos, na forma do deus Rá, criando dois filhos divinos: o deus do ar (Shu) e a deusa da umidade (Tefnut). Estes, por sua vez, foram os responsáveis por gerar a terra (Geb) e o céu (Nut).
Segundo esse mito, os irmãos Geb e Nut eram apaixonados, porém foram proibidos de se unirem, pois, caso isso ocorresse, Rá não teria como atravessar o céu com sua barca diariamente. Segundo a crença antiga, Rá passaria 12 horas no céu e 12 no submundo, lutando com uma serpente maligna chamada Apópis. Se por ventura Rá não fizesse esse ciclo diário, os egípcios acreditavam que o mundo acabaria, e o caos voltaria a reinar. Por esse fato, a união entre Geb e Nut foi proibida. Porém, a deusa Nut pediu a Toth – deus da sabedoria e do conhecimento – para que pudesse se unir a seu amado. Toth atendeu seus anseios e criou mais cinco dias no calendário, e os irmãos assim puderam consumar sua união. Da união destas divindades surgiu Osíris, Ísis, Néftis e Seth; deuses representativos da humanidade e importantes para a religiosidade nacional. O deus Shu descobriu a união de Geb e Nut e acabou com a união dos dois, interpondo-se no meio deles. Ou seja, o ar era o responsável pela sustentação do céu, para que este não caísse na terra.
O mundo teria sido formado desta maneira e o povo egípcio vivia em meio a essas crenças da formação do mundo: viviam no corpo de Geb, deus terra, respiravam o corpo de Shu, deus ar, e contemplavam o céu imaginando se tratar do corpo da deusa Nut.
A Criação do Mundo e os Deuses Egípcios
No princípio era o Caos (Nun), o oceano primordial, dentro do qual se ocultava Atum, escondido num botão de lótus.
Inesperadamente ele apareceu sobre o Caos como Rá (Sol) e criou dois filhos divinos: Chu, deus do Ar, e Tefnet, deusa da Umidade (Não da chuva, inexistente no Egito...). Deste casal nasceram Gheb, deus da Terra, e Nut, deusa do Céu, que por sua vez deram à luz dois filhos, Osíris e Seth, e duas filhas, Ísis e Néftis.
Rá era também o divino soberano dos homens; quando envelheceu, deixou o trono a favor de Chu e Tefnet, avós de Osíris e Ísis, cujo filho foi Hórus.
Estes últimos três deuses, que constituem a primeira Trindade entre tantas que se seguiram, eram de certo modo os deuses nacionais, venerados em todo o país. E as suas façanhas podem ser consideradas o poema nacional dos egípcios. Poema, entretanto, que jamais foi escrito. Foi Plutarco, em sua Obra “Ísis e Osíris”, quem nos esta belíssima narrativa, que pode ser resumida assim:
Cerca de 13.500 anos antes do reinado de Menés, Osíris era um mítico rei-deus dos habitantes do Nilo; soberano benéfico, induziu os seus selvagens súditos a viver em paz, a não destruir-se mutuamente e a abandonar a aventureira vida nômade. Para este fim, ensinou-lhes a trabalhar a terra, a cultivar as parreiras e a obter delas o vinho, bem como a cevada, para extrair a cerveja.
O Egito se viu, assim, na Idade do Ouro. Tot era o Deus das ciências, companheiro e amigo de Osíris. A ele coube a tarefa de ensinar aos egípcios ler e escrever.
Não satisfeito só com isto, Osíris quis levar a sua benéfica missão também ao resto do mundo e, durante sua ausência, confiou a regência do trono a Ísis.
Mas eis que seu irmão Seth, excluído do trono por ser o segundo filho, planejou logo uma trama para usurpá-lo; mas a vigilante Ísis enganou-o, neutralizando assim toda a manobra.
Chegando ao Egito, escondeu o esquive num lugar solitário perto de Buto, entre os emaranhados pântanos do Delta que o protegiam contra os perigos.
Mas, por acaso, Seth o encontrou, quando numa noite caçava ao claro da lua. Abriu o ataúde e viu os restos mortais do irmão. Ficou furioso e despedaçou-o, dividindo-o em quatorze partes que foram espalhadas pelo Egito.
A infeliz Ísis, com o novo suplício, recomeçou a piedosa procura dos restos fúnebres, e depois de imensas fadigas conseguiu reconstituí-los (exceto o membro viril, devorado por um ossirinco, uma espécie de esturjão do Nilo).
Nos lugares em que os restos foram encontrados, surgiram capelas, e mais tarde templos, nos quais se realizavam peregrinações chamadas “Da procura de Osíris”.
Recomposto o corpo, Ísis chamou para junto de si a irmã preferida, Néftis (esposa inocente do perverso Seth), Tot e Anúbis. E, com a ciência herdada de Osíris, juntos envidaram todos os esforços para restituir-lhe a vida. Anúbis embalsamou o corpo, que foi enfaixado e recoberto de talismãs (surgiu assim a primeira múmia). Nas paredes do sepulcro, em Abidos, foram gravadas as fórmulas mágicas rituais. Junto ao sarcófago foi colocada uma estátua idêntica ao defunto.
Assim Osíris ressuscitou, mas não pode reinar mais sobre esta terra e tornou-se rei do “Lugar que fica além do Horizonte ocidental”, que transformou, de um lugar triste e escuro, numa chácara fértil e rica de colheitas.
Realizado o rito do sepultamento, Ísis voltou a esconder-se nos pantanais para proteger-se, e principalmente o filho que esperava, contra as vinganças de Seth. Quando Hórus nasceu a mãe guarneceu-o com todo o amor, invocou sobre ele ajuda de todos os deuses e depois lhe ensinou a magia e educou-o em memória do pai. Hórus cresceu. “Como o sol nascente, seu olho direito era o sol, o esquerdo, a lua”, e ele próprio era um grande falcão que cortava os céus. Quando ficou maior, Osíris voltou à terra para fazer dele um soldado.